Aceitar,
respeitar e celebrar as diferenças
Existe uma verdade universal incontestável desde que o mundo foi
criado, e aposto como você concorda com ela: absolutamente ninguém é igual a
ninguém, seja física, emocional ou espiritualmente. Os seres humanos foram
criados com características ímpares, únicas, cada qual indispensável para o
curso da humanidade. Não é, portanto, sábio e nem justo as pessoas fazerem
comparações acerca de seus atributos, opiniões e crenças.
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As implicações provenientes de comparações
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É da natureza do ser humano fazer determinadas comparações,
afinal, em alguns aspectos elas são importantes para que seja possível julgar
aquilo que é bom ou não para nós, por exemplo, as comparações de preço, as
comparações entre um estilo de música, de roupa, de comida. Ou seja, em
determinadas situações, a comparação é necessária para que se façam escolhas e
julgamentos. O problema da comparação surge quando as pessoas passam a fazer
competições com base em suas diferenças, tentando provar que a própria opinião
é a única aceitável, e que o pensamento alheio é reprovável. Quando nos
comparamos demais aos outros, ficamos a um passo de nos sentirmos fracassados,
inferiores e frustrados, pois sempre haverá diferenças, e sempre haverá
qualidades nos outros que não enxergamos em nós mesmos. Ou, em outra análise,
podemos começar a nos sentir superiores, o que também não é nada saudável.
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Quero agora propor três passos importantes para que aprendamos a
viver bem com nossos semelhantes:
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1. Aceitar as diferenças
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Um dos maiores desafios está na aceitação às diferenças que
existem entre as pessoas, e essas diferenças são imprescindíveis para o
progresso tanto individual quanto coletivo dos seres humanos.
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2. Respeitar as diferenças
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Não aceitar a opinião do outro é normal e até mesmo saudável
para o progresso da humanidade. Precisamos ter nossos próprios pontos de vista,
mas também podemos crescer ao ponderar sobre aquilo que as outras pessoas
pensam, e temos todo o direito de não concordar com o que o outro pensa ou diz,
temos o direito, inclusive, de defender nossos pensamentos, mas existem
maneiras e maneiras de se fazer isso. Eu posso muito bem ter o desejo de
mostrar por que acredito que Deus existe, mas não preciso reprovar o ateísmo ou
ofender os ateus. E se os ateus pretendem defender suas próprias crenças, eles
não precisam atacar aqueles que seguem uma religião. O homem tem o livre
arbítrio, e pode acreditar no que quiser, mas mostrará que tem bons princípios
se souber medir a “força” de suas palavras antes de atingir seu semelhante.
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O que precisamos de fato é mensurar nossas atitudes em relação
às diferenças alheiras. Embora haja liberdade de expressão, temos que tomar
cuidado com o que escrevemos, dizemos ou fazemos ao nos dirigirmos a nossos
irmãos. Palavras machucam e ecoam em nossas mentes e nossos corações para
sempre. Ficam guardadas em algum lugar de nosso subconsciente e uma pequena
fagulha pode trazer à tona várias feridas. Defender a própria opinião não
significa que seja necessário rebaixar uma ideia contrária ou simplesmente
diferente. E respeitar a opinião alheia não quer dizer que não temos a nossa
própria, mas sim, que não somos a mesma pessoa e temos todo o direito de
acreditar naquilo que quisermos.
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3. Celebrar as diferenças
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Já que estamos falando sobre diferenças, que tal fazermos a
seguinte análise? Creio que todos já passaram por esse questionamento uma vez
ou outra na vida, especialmente na infância. Que graça haveria se todos fossem
iguais, não é mesmo? Fico realmente indignada ao pensar que algumas pessoas se
acham superiores por ser de certo nível social ou ter determinada profissão, ao
passo que outras não tiveram uma formação acadêmica e têm trabalhos “humildes”.
Por acaso o médico que tem tanto dinheiro e conhecimento não precisou de um
grande e experiente pedreiro e um marceneiro para morar em uma bela casa com
lindos móveis sob medida? Se houvesse superioridade nesse caso, então um não
precisaria do outro para ter um lindo ambiente para morar, ou para curar suas
doenças. Uma única pessoa faria tudo sozinha, sem o auxílio de mais ninguém.